Margarida

Para uma bela flor amarela

Margarida,

Pequena e delicada flor amarela, que de todos os hinos criados é digna!

No teu rosto sorri a floresta luxuriosa e maravilhosa que vive nos meus sonhos

Nela, a realidade parece difundir-se por entre as tuas gargalhada e as curvas desenhadas na tua face

Caracóis do mais denso negro achocolatado e um sorriso que perspira alegria,

Sorrisos borbulhantes, daqueles que me lembram dos melhores momentos passados com a minha terna família.

Margarida, és anjo maravilhoso que mesmo sem asas observa, sempre vigilante,

Como aquele que me olha do céu, tão cedo roubado de nossos braços, antes de seu devido tempo.

Mais hoje do que ontem e mais amanhã do que hoje,

És anjo que vigia nas horas mais difíceis e celebra nas mais gloriosas.

Água brotando de uma fonte jamais poderia rivalar tua brilhante perfeição,

És rocha do cerne da terra, mais forte do que um furacão,

És montanha que acolhe o exausto viajante no seu seio,

És nuvem parcimoniosa que fascina até o mais casmurro.

Poucas palavras fazem jus à maravilha de alma que habita no teu cerne

E poucos os audazes para se atreverem a utilizá-las.

És suporte - viga central - porção essencial do que é e virá a ser,

Mesmo por entre o cansaço e desilusão da vida terrena, cintilas radiosa como uma estrela

Porém, o dia se enciumará se não puder sobre ti poisar, os seus olhos encalorados,

Parece que terás de te contentar com todo o seu cuidado abençoado.

E assim, no dia em que te cansares de ser anjo vigia,

A terra rejubilará,

Por no seu cerne brotar

Uma viçosa flor amarela,

Uma única flor amarela,

Aquela a que chamam de a Tal,

Pois seu nome é Margarida

E, como tão bela flor, jamais haverá igual.